quinta-feira, 4 de junho de 2009

Intimidade



Que ninguém

hoje me diga nada.

Que ninguém venha abrir a minha mágoa,

esta dor sem nome

que eu desconheço donde vem

e o que me diz.

É mágoa.

Talvez seja um começo de amor.

Talvez, de novo, a dor e a euforia de ter vindo ao mundo.


Pode ser tudo isso, ou nada disso.

Mas não afirmo.

As palavras viriam revelar-me tudo.

E eu prefiro esta angústia de não saber de quê...


Intimidade, Fernando Namora

5 comentários:

antonio ganhão disse...

De qualquer forma não tinha nada para te dizer!

Tia [Zen] disse...

Estás aqui... isso é que é importante!
Correu tudo bem?

Anónimo disse...

Será que eu vou conseguir não dizer nada? Será que me rendo perante um poema em que nada parece dizer tudo?

Calo-me só por este bocadinho...

Anónimo disse...

Mas custa-me...

Tia [Zen] disse...

É essa a magia da poesia, a magia das palavras... que tanto me encanta!