domingo, 28 de março de 2010

Páscoa feliz



Adoro os dias da Páscoa...


E sabiam que no Domingo de Páscoa o coelhinho mágico espalha ovos de chocolate pelo jardim da casa da Tia? É verdade... e faz as delícias das crianças.
E porque Páscoa é também sinónimo de férias (pelo menos para mim) aqui deixo os meus votos de uma Santa e Feliz Páscoa para todos e... Boas Férias para os sortudos...

Até breve

domingo, 21 de março de 2010

Recomendo...



MIL SÓIS
Resplandecentes



Um fenómeno da literatura que narra a história de duas mulheres afegãs casadas com o mesmo homem... dos abusos de que são vítimas... da violência política durante o regime taliban...
Considerado pela Time Magazine como "Um dos dez melhores livros do ano" e "Inesquecível" por Isabel Allende.

do escritor afegão Khaled Hosseini (autor de O Menino da Cabul)
.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher


O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março tem origem nas manifestações femininas por melhores condições de trabalho e direito de voto, no início do século XX, na Europa e nos Estados Unidos. A data foi adoptada pelas Nações Unidas, em 1975, para lembrar tanto as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres como as discriminações e as violências a que muitas mulheres ainda estão sujeitas em todo o mundo. (fonte: Wikipédia)

A Luz que Vem das Pedras

A luz que vem das pedras, do íntimo da pedra,
tu a colhes, mulher, a distribuis
tão generosa e à janela do mundo.
O sal do mar percorre a tua língua;
não são de mais em ti as coisas mais.
Melhor que tudo, o voo dos insectos,
o ritmo nocturno do girar dos bichos,
a chave do momento em que começa o canto
da ave ou da cigarra
— a mão que tal comanda no mesmo gesto fere
a corda do que em ti faz acordar
os olhos densos de cada dia um só.
Quem está salvando nesta respiração
boca a boca real com o universo?

Pedro Tamen, in "Agora, Estar"

Um abraço a todas as Mulheres...

sábado, 6 de março de 2010

Escrita Criativa...


Aforismos

Forma lapidar, assertiva, de exprimir determinada "verdade" sobre a existência humana e a sociedade ou a relação do indivíduo com outros indivíduos, com a vida e com a morte, com a transcendência, etc.

Tem uma nítida feição filosofico-moral. Muitas vezes apoia-se numa micro-história de cunho exemplar ou alegórico. Se o provérbio é, fundamentalmente, de raiz "popular" e transmitido oralmente, já o aforismo, praticado como tal por escritores e filósofos, está quase sempre associado à esfera da cultura escrita, dita mais elevada, e caracteriza-se, amiúde, por um notório refinamento de escrita...

Exemplos:

O suicídio exprime a liberdade de morrer que a morte nos nega (Marcello Duarte Mathias)

O pequeno rebocador ajuda silenciosamente o grande petroleiro (António Osório)

A televisão é a caixa que mudou o mundo - para que o mundo não mudasse (João Pedro Mésseder)

e:

É a pequena chave a grande protectora dos majestosos palácios (Tia)

Em poesia diz-se, com belas palavras, as verdades mais dolorosas (Tia)

Bom fim-de-semana!

apontamentos do Curso de Escrita Criativa UP_2009

foto retirada da net


quinta-feira, 4 de março de 2010

Para reflectir...

Hoje cruzei-me com esta reflexão do filósofo Séneca:

Diariamente criticamos o destino: "Porque foi este homem arrebatado a meio da carreira? E aquele, porque não morre, em vez de prolongar uma velhice tão penosa para ele como para os outros?" Diz-me cá, por favor: o que achas tu mais justo, seres tu a obedecer à natureza ou a natureza a ti? Que diferença faz sair mais ou menos depressa de um sítio de onde temos mesmo de sair? Não nos devemos preocupar em viver muito, mas sim em viver plenamente; viver muito depende do destino, viver plenamente, da nossa própria alma. Uma vida plena é longa quanto basta; e será plena se a alma se apropria do bem que lhe é próprio e se apenas a si reconhece poder sobre si mesma. Que interessa os oitenta anos daquele homem passados na inacção? Ele não viveu, demorou-se nesta vida; não morreu tarde, levou foi muito tempo a morrer! "Viveu oitenta anos!". O que importa é ver a partir de que data ele começou a morrer. "Mas aquele outro morreu na força da vida". É certo, mas cumpriu os deveres de um bom cidadão, de um bom amigo, de um bom filho, sem descurar o mínimo pormenor; embora o seu tempo de vida ficasse incompleto, a sua vida atingiu a plenitude.
"Viveu oitenta anos". Não, existiu durante oitenta anos, a menos que digas que ele viveu no mesmo sentido em que falas na vida das árvores. Peço-te insistentemente, Lucílio: façamos com que a nossa vida, à semelhança dos materiais preciosos, valha pouco pelo espaço que ocupa, e muito pelo peso que tem. Avaliemo-la pelos nossos actos, não pelo tempo que dura. Queres saber qual a diferença entre um homem enérgico, que despreza a fortuna, cumpre todos os deveres inerentes à vida humana e assim se alça ao seu supremo bem, e um outro por quem simplesmente passam numerosos anos? O primeiro continua a existir depois da morte, o outro já estava morto antes de morrer! Louvemos, portanto, e incluamos entre os afortunados o homem que soube usar com proveito o tempo, mesmo exíguo, que viveu. Contemplou a verdadeira luz; não foi um como tantos outros; não só viveu, como o fez com vigor.

Séneca, in 'Cartas a Lucílio'

e fiquei a pensar nisto...