segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


Não ter vivido de forma mais verdadeira é o maior arrependimento de quem está a morrer

Por Ana Tomás



A enfermeira australiana, Bronnie Ware, editou um livro sobre os cinco maiores arrependimentos que os pacientes sentem quando estão em estado terminal.
 “Os Cinco Maiores Arrependimentos das Pessoas à Beira da Morte", título da obra, expõe aquilo que as pessoas mais lamentam não ter feito durante o seu percurso de vida, tendo como base testemunhos que a enfermeira recolheu durante os anos em que trabalhou em unidades de cuidados paliativos.
Citada pelo Guardian, Ware refere que os pacientes davam frequentemente respostas comuns quando questionados sobre o que mais se arrependiam de não ter feito. No topo está o facto de terem vivido em função das expectativas dos outros, em vez de terem vivido de acordo com as suas próprias convicções.
“Este era o arrependimento mais comum a todos”, afirma a enfermeira, acrescentando que “quando as pessoas se apercebem que estão a morrer e olham para trás é fácil perceber que muitos dos seus sonhos ficaram por cumprir. A maioria não realizou nem metade deles e acaba por perceber que não o fez devido às suas próprias escolhas”, explica.
Assim, o segundo maior arrependimento é “ter trabalhado tanto”, uma resposta dada sobretudo por pacientes do sexo masculino que lamentaram não ter acompanhado o crescimento dos seus filhos e passado mais tempo com as suas mulheres, por estarem sempre a trabalhar.
Em terceiro lugar estão os sentimentos reprimidos. “Gostava de ter tido coragem para expressar os meus sentimentos”, foi outro dos grandes desejos não concretizados manifestado pelos pacientes de Bronnie Ware.
Não ter mantido mais o contacto com os amigos e não se ter permitido ser mais feliz são os quarto e quinto maiores arrependimentos.