terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Os meus poemas...


Voo

Eu queria voar sem rumo...
perder-me do meu próprio ser
Rasar as searas, desafiar o vento
voar até onde infinito houver...

Quisesse a sorte ou o destino
um dia, no meu regressar
fazer do teu abraço
o meu último pousar...



MGR
17.03.11

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Daniel Oliveira... no Concílio de Pedra


E agora, senhor Relvas, o povo mau

A TVI convidou Miguel Relvas para falar sobre o futuro do jornalismo. É um hábito nacional. Em Portugal, não há mercearia ou Universidade que não queira ter um ministro a inaugurar o seu "evento". Mesmo que o ministro em causa não tenha, como é evidente no caso, qualquer pensamento sobre o assunto a ser tratado. Relvas foi, como fora no dia anterior, interrompido por protestos. José Alberto de Carvalho disse, na TVI, que foi um atentado à liberdade de expressão. A deixa foi aproveitada por os que acham que a vida política portuguesa se deveria resumir às guerras de bastidores do PSD e do PS. E que os portugueses deveriam continuar a ser, como os definiu um membro da troika, "um povo bom".

Miguel Relvas fala todos os dias, sempre que quer. Fala sobre o que sabe e o que não sabe. O seu direito a expressar as suas opiniões está mais do que salvaguardado. Quem o interrompeu no ISCTE não teria seguramente como intenção impedir que os portugueses ouvissem as suas doutas opiniões sobre o futuro do jornalismo. Queriam protestar e protestaram.
Portugal sabe bem, pela sua história, o que é estar privado da liberdade de expressão. É coisa séria e não deviam ser os jornalistas a banalizar o conceito. Querem saber o que é pôr em causa a liberdade de expressão? É o ministro que tutela a RTP mandar despedir um cronista da rádio pública porque não gostou do que lá ouviu. É um ministro que assim agiu continuar no seu lugar. E ainda ser convidado pela classe para perorar sobre o futuro do jornalismo.

Miguel Relvas é um símbolo. Um símbolo da desfaçatez e da falta de ética política. No seu comportamento como ministro e como cidadão - como escrevia alguém do "Cão Azul", foram mais os 15 minutos que esteve no ISCTE do que o tempo que passou na faculdade onde supostamente se licenciou. Basta ver a quantidade de ex-governantes envolvidos no escândalo do BPN para perceber que está longe de ser o primeiro deste calibre a estar num governo. Mas estamos no meio de uma crise. As pessoas estão desesperadas e com muito pouca paciência. Exigem, pelo menos, que finjam que as respeitam.

O facto de Relvas ser interrompido em todos os lugares onde vá, o facto de não poder sair à rua sem que os portugueses lhe manifestem a repulsa que lhes causa, é uma boa notícia para a nossa democracia. Quer dizer que os cidadãos ainda não desistiram de tudo. Que ainda não estão completamente resignados. Isso sim, seria trágico. Porque só em democracias discursos de ministros são interrompidos por protestos.

E quer dizer que as pessoas ainda não tratam "os políticos" todos da mesma maneira. Que ainda os distinguem. Mesmo quando são interrompidos nem todos os membros do governo têm direito ao nível de desrespeito que Relvas tem merecido nas suas aparições públicas - todos os restantes ministros têm discursado depois dos protestos. Mesmo perante quem as está a afundar, as pessoas conseguem distinguir entre aqueles de quem discordam e aqueles que, independentemente das suas posições, em nenhuma democracia exigente poderiam ocupar um cargo público.

Esta é a única perversidade que pode ser apontada à perseguição popular a Relvas: pode fazer esquecer a responsabilidade de quem lhe deu o lugar que ocupa. É que nem todos percebem que Miguel Relvas é apenas a versão desafinada de Pedro Passos Coelho.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A recordar...


Plage Miramar - Biarritz 

Clima ameno... as águas mornas do Mar Cantábrico... o charme da França 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Mar...



Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.

E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Nem mais...


sábado, 9 de fevereiro de 2013

o Amor... esse estranho...

Um dia... 
Quando a força da vida a um dos dois cessar
É a tua, a mão que quero segurar... 

MGR
09.02.2013

Para reflectir...

"Cem vitórias em cem batalhas não é a maior habilidade. A maior habilidade é subjugar o inimigo sem entrar em combate."

A Arte da Guerra
SUN TZU